Data
2014-10-03
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Resumo
A Preservação Digital é e deve ser encarada como um processo contínuo. Normalmente, é impulsionada ou provocada
por mudanças organizacionais ou tecnológicas. Estas mudanças são muito variadas e podem variar das alterações sofridas
pelas plataformas tecnológicas ou meios de acesso à informação e seu armazenamento, às mudanças nas políticas de acesso
aos materiais custodiados ou mesmo às mudanças na semântica da informação. Neste contexto, qualquer sistema de
suporte à preservação digital necessita de uma adaptação constante às mudanças que vão ocorrendo de modo a garantir o
alinhamento entre as operações de preservação e os objetivos traçados.
A ação de monitorização do ambiente foi identificada como chave no sucesso de qualquer iniciativa de preservação
digital. No entanto, esta tarefa, nos dias de hoje, é ainda realizada manualmente e, normalmente, como reação a situações
urgentes que carecem de resolução rápida. Nos cenários mais favoráveis, são produzidos relatórios técnicos que depois
circulam pela comunidade. O que continua a estar longe de um automatismo desejado.
O número de casos de sucesso de implementação de soluções na área da preservação digital tem vindo a aumentar e a
consciência da necessidade para o fazer também. Assim, não é de estranhar que os requisitos para sistemas de preservação
digital se tenham vindo a tornar mais complexos e exigentes. É neste contexto que surge o projeto SCAPE (projeto
europeu: ???) cujo objetivo é a preservação de grandes quantidades de dados através da paralelização das ações de
preservação sobre esses dados. Para que sistemas como este sejam escaláveis e obtenham sucesso é preciso criar processos
automáticos para controlo e monitorização do estado de preservação do material custodiado.
Já existem algumas iniciativas isoladas e com domínios bem restritos capazes de recolher a informação de que necessitam
para poder agendar as ações de preservação necessárias. Como exemplos conhecidos temos os registos de formatos de
ficheiros ou sistemas de emulação. No entanto, estão longe de cobrir o espectro necessário.
Uma organização que é responsável por gerir um repositório digital tem de ser capaz de realizar as seguintes ações de
monitorização:
Monitorização interna - sistemas instalados, operações de preservação disponíveis, acervo armazenado;
Monitorização externa - dos domínios relevantes: comunidades de utilizadores, tecnologias e soluções disponíveis.
Com estes processos implementados, a tomada de decisão é mais fácil e garante que a organização está a realizar as
ações necessárias para manter o seu acervo autêntico e acessível.
Uma série de questões surgem neste cenário:
1. Quais são as entidades que devem ser monitorizadas? Quais são as suas propriedades?
2. Como é que a informação pode ser recolhida? Como pode ser representada?
3. Como é que a informação pode ser ligada de modo a que dados relacionados possam estar conectados?
4. Que propriedades terá de ter um sistema para permitir uma monitorização automática e uma relação com os aspetos
relevantes?5. Como é que tudo isto pode ser partilhado de modo a que múltiplas organizações possam beneficiar do esforço e
experiência individual de cada uma?
6. Como é que poderemos assegurar que tal plataforma de monitorização seja extensível, crie sinergias entre os intervenientes
e que a sua base de conhecimento cresça continuamente?
Nesta apresentação, discutiremos estas questões e apresentaremos uma proposta para uma plataforma de monitorização
que está neste momento a ser desenvolvida.
Palavras-chave
Monitorização , Preservação digital
Tipo de Documento
Apresentação em Conferência
Versão da Editora
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